NA PRESENÇA DO MEDO
Na prensença do medo
Por
Guilherme Bryan e Juliana Vilas redacao@folhauniversal.com.br Quem
nunca teve medo de perder o que tem? Em tempos de crise econômica e de
altos índices de violência, o temor de ficar sem pessoas queridas e o
que se conquistou ao longo da vida se intensifica. A Ipsos, empresa
francesa de pesquisas de opinião e mercado, ouviu 22 mil pessoas em 22
países no começo do ano e constatou: a perda do emprego é o principal
temor mundial de 41% dos entrevistados – vem antes do medo da pobreza,
da desigualdade social e até da violência, escolhida como o risco mais
pavoroso por 31% das pessoas. Nos Estados Unidos, o pavor do desemprego
levou 35% dos trabalhadores, segundo pesquisa do site CareerBuilder.com,
a abrirem mão das férias. Esse temor, no entanto, sempre existiu. Em
2003, no Brasil, era a segunda maior causa de estresse, perdendo apenas
para a violência, conforme levantamento da associação norte-americana
International Stress Management Association. “Uma crise com as dimensões
da que vivenciamos no fim do ano passado cria um clima de medo e
incerteza em relação ao futuro e existem dados econômicos de que o
mercado de trabalho foi o que mais sentiu os efeitos disso. Na bolsa de
valores, onde o medo e os riscos fazem parte do processo de decisões,
esses momentos fazem as pessoas ficarem inseguras”, explica Rossano
Oltramari, analista de ações e sócio-diretor da empresa XP
Investimentos. O mercado de ações onde Oltramari atua é um dos que mais
envolve riscos e, consequentemente, medos. “Existem dois sentimentos
presentes no dia a dia do investidor: a esperança e o medo. Ambos
influenciam, de maneira muito ativa, a tomada de decisões. Quando o medo
é maior, há mais pessoas vendendo ações e os valores caem. Quando a
esperança é maior, ocorre, então, uma tendência de alta no mercado.
Portanto, é preciso haver um ponto de equilíbrio entre os dois”,
acrescenta. O medo é um dos sentimentos mais naturais e instintivos do
ser humano. No passado, as espécies que temiam mais – e por isso
evitaram certos riscos – tiveram mais chances de sobreviver. O ser
humano, no entanto, tem a habilidade da antecipação, o que nos faz
imaginar coisas terríveis que poderiam acontecer, mesmo antes que
aconteçam. O medo natural, que nos protege de riscos desnecessários, é
saudável e importante. A partir de certo ponto, porém, vira pavor e pode
se transformar até em doença. E o medo de perder algo tem a ver ainda
com o sentimento de posse, que nem sempre é bem-vindo. O psiquiatra e
terapeuta Eduardo Ferreira Santos, autor do livro “Ciúme – o medo da
perda” e doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP),
explica que o temor de perder parceiro, namorada, esposa ou marido,
envolve a dificuldade em lidar com as incertezas naturais da vida.
“Muita gente acha que é dona do outro. Por trás disso, está uma brutal
insegurança. A pessoa que tem ciúme pensa todo dia que será traída e que
o outro pode trocá-la por alguém melhor.Com isso, transforma a vida de
todos num caos, uma vez que usa armas para que o parceiro não fuja do
controle”, explica Ferreira Santos. Outro temor que quase todo mundo tem
é o de perder o que já conquistou na vida. Ferreira Santos admite que
experimentou o medo de perder o prestígio na carreira. A sensação de ter
atingido o objetivo mais sonhado da vida pode causar esse sentimento,
mistura de depressão e pavor. Ele explica a saída escolhida: “A vida é
dinâmica e exige um constante movimento. Quem atingiu o ápice precisa
manter o que conquistou. Tudo que sonhei deu certo, mas, quando cheguei
lá e peguei o diploma de doutorado, algo inimaginável para um garoto
pobre da periferia, senti certa depressão, mas depois notei que deveria
continuar dando aulas e aprendendo”, diz. A luta constante e diária para
superar a depressão foi também o caminho escolhido pela carioca Daniela
Duque, mãe de Daniel, que foi assassinado, aos 18 anos, em junho do ano
passado, em frente a uma boate na zona sul do Rio de Janeiro. Perder um
filho, um dos dramas mais dolorosos que alguém pode sentir, deixou
Daniela revoltada e com muito medo do imprevisível. Em setembro, cerca
de 4 meses depois da morte de Daniel, o pai de Daniela também faleceu. O
primeiro sentimento dela foi um medo paralisante, de ficar longe das
pessoas amadas, mas lutou para superar os temores. “Passei a ter mais
fé. Comecei a valorizar o que realmente importa e fortaleci laços de
amizade e amor. Já que não podemos evitar que as pessoas queridas nos
deixem, é melhor aproveitar bem os instantes em que estão conosco”,
avalia. Mãe de uma menina de 3 anos e de outro rapaz de 20, que mora nos
Estados Unidos, Daniela percebeu que seria egoísta e possessiva ao
tentar protegê-los de qualquer risco ou ficar achando que eles também
poderiam morrer. Fez muita terapia para superar a perda de Daniel e
transformou o medo numa nova – e melhor, segundo ela – forma de encarar a
vida. O medo exagerado de perder algo ou alguém pode gerar tragédias
irreversíveis. No começo deste ano, dois empresários bem-sucedidos se
mataram porque perderam dinheiro com a crise econômica mundial. Thierry
de la Villehuchet, de 65 anos, era dono do fundo Access International e
se suicidou depois de levar um golpe de mais de US$ 1,4 bilhão (R$ 3,2
bilhões). Já o empresário Adolf Merckle, um dos 100 homens mais ricos do
mundo, acordou, foi até uma estação de trem e deitou sobre os trilhos.
As empresas dele perderam US$ 1,5 bilhão (R$ 3,5 bilhões), mas, mesmo
assim, ele tinha um império avaliado em mais de US$ 9,2 bilhões (R$ 21,5
bilhões). Mais do que o medo de ficar pobre, o que pode motivar uma
atitude desesperada de milionários e profissionais de sucesso é a
sensação de fracasso, sinal de que, muitas vezes, dinheiro de sobra não é
suficiente para preencher certos vazios e dar a segurança emocional
necessária para ser feliz e viver plenamente, sem tantos medos.
IURD Batismo nas águas
Arrependimento
Arrependimento
não é remorso. Remorso é só um sentimento de tristeza momentânea por
alguma falta cometida. No remorso não há atitude em relação ao pecado.
Isto é, nele não há o sacrifício de abandono ao pecado. Por isso, não há
perdão para o remorso.
Já o arrependimento é atitude, é ação ou prática da fé. No arrependimento há o sacrifício do abandono ao pecado.
É
importante observar que o que difere o remorso do arrependimento é o
sacrifício. Quem despreza os sacrifícios da fé jamais alcançarão
misericórdia!
O arrependimento é necessário para a remissão de
pecados ( Lucas 24.47 ). Mas não há arrependimento sem o sacrifício de
abandono ao pecado. Logo, não há salvação sem o sacrifício de negar-se a
si mesmo os prazeres da carne.
Sincero e verdadeiro arrependimento impõe ódio e abandono ao pecado.Isto é ação!
Publicado por Bispo Edir Macedo
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