“Eu me olhava no espelho e me via totalmente usada, como um lixo”
Janaína teve um grande sofrimento, mas encontrou em Deus uma nova vida
“Viver
intensamente é a regra. Não importa o que você tenha que fazer para
encontrar a felicidade: você deve buscar a satisfação pessoal. Siga o
seu coração, ele lhe dirá o caminho. Aproveite a companhia dos amigos –
eles farão com que a jornada seja mais interessante e intensa. E, acima
de tudo: não faça escolhas conscientes.
Se
a “decepção” fosse uma pessoa, provavelmente esses seriam os conselhos
que ela daria aos jovens. Pelo menos, foi o que Janaina Campos, de 31
anos, concluiu com sua experiência. “Eu tinha amigos que só queriam
estar ao meu lado para beber, fumar e prostituir. Por causa disso,
naquela época, me envolvi com vários homens, inclusive casados. Eu era
usada como um objeto”, afirma.
Ainda
muito jovem, ela sempre desejou a independência, por isso, casou-se aos
21 anos. Já no primeiro ano, teve uma filha, hoje com 10 anos.
Entretanto,
o casamento não foi feliz como ela esperava. As brigas tornaram-se
constantes e, muitas vezes, terminavam em agressões físicas e verbais.
“Aquilo
tudo me fazia muito mal, tanto para mim, quanto para minha filha que
acordava quase todos os dias, no meio da noite, chorando por causa de
pesadelos”, recorda.
Assim, depois de três anos, Janaína se divorciou e voltou a morar com os pais, juntamente com a filha.
Vivendo intensamente
Já
na casa dos pais, Janaína começou a ter mais liberdade para cuidar de
si mesma. Então, fez novas amizades. Porém, o que ela não sabia, era que
sua trajetória para o “fundo do poço” estava apenas começando.
“Neste
período conheci pessoas novas. ‘Amigos’ que me apresentaram um mundo
que eu ainda não tinha conhecido, como baladas, cigarro, bebidas e
orgias. Bebíamos muito. Eu saia quase todos os finais de semana; às
vezes passava a noite fora de casa, dormindo em sítios alugados por
eles", recorda.
No
início, ela realmente acreditava que sua vida estava bem e que tudo
aquilo era divertido. Porém, com o tempo, começou a refletir sobre os
relacionamentos que tinha com os homens e no modo como vivia. A
conclusão foi que “eu me olhava no espelho e me via totalmente
desvalorizada, usada, como um lixo.” Mas, não foi somente Janaína que
chegou a essa conclusão, sua família também: “Diversas vezes presenciei
minha mãe chorando por causa do meu sofrimento”, relembra.
Então,
ela percebeu que tudo o que havia vivido até ali era uma ilusão: “Meus
‘amigos’ só me procuravam para me levar ao cigarro, às bebidas e à
prostituição. Quando eu estava mal, triste, depressiva, ninguém me
ligava para saber como eu estava. Eu me sentia sozinha, mesmo tendo
minha família ao meu lado. Era um vazio dentro de mim, que parecia ser
um buraco enorme no meu peito”, diz.
Procurando um novo caminho
Depois
de tudo o que havia sofrido, Janaína decidiu por si mesma assistir às
reuniões na Universal, no bairro da Vila Mariana, zona sul da capital
paulista, onde frequenta até hoje.
“Eu
havia conhecido a Universal, primeiramente, por meio de uma obreira que
trabalhava comigo. Lá, eu encontrei essa obreira e ela cuidou de mim.
Fui participando, me envolvendo com o grupo Força Jovem Universal e
abandonei o meu passado. Comecei a levar as coisas de Deus a sério.
Percebi que para ter um relacionamento verdadeiro, uma vida feliz, eu
precisaria primeiro mudar a minha maneira de pensar e agir”, destaca.
Janaína
observa que hoje é uma nova mulher: “Eu tenho amor por levar as pessoas
a conhecer a Deus, por tudo o que Ele fez por mim; por isso sou
colaborada da Escola Bíblica Infanto-Juvenil (EBI) e ajudo a cuidar das
crianças na igreja. Ensino a minha filha a participar da EBI desde os 7
anos de idade, e logo ela irá para o TFTeen, o grupo de adolescentes.
Minha filha é minha alegria, e amo a minha família.”
Jovens infratores que cumprem medidas sócio-educativas na Fundação Casa, no estado de São Paulo, recebem semanalmente o apoio espiritual dos voluntários da Igreja Universal do Reino de Deus, que levam a eles mensagens de fé e de esperança. Durante os encontros, os internos são orientados, à luz da Bíblia, a manter um bom comportamento dentro e fora da Unidade de Internação. Os voluntários também proporcionam momentos de descontração com a apresentação de peças teatrais e de bandas musicais.
Internos da Fundação Casa são batizados
Jovens assistiram a reunião no Brás, se batizaram e conheceram as instalações do futuro Templo de Salomão
Jovens infratores que cumprem medidas sócio-educativas na Fundação Casa, no estado de São Paulo, recebem semanalmente o apoio espiritual dos voluntários da Igreja Universal do Reino de Deus, que levam a eles mensagens de fé e de esperança. Durante os encontros, os internos são orientados, à luz da Bíblia, a manter um bom comportamento dentro e fora da Unidade de Internação. Os voluntários também proporcionam momentos de descontração com a apresentação de peças teatrais e de bandas musicais.
Neste
último domingo, algo diferente aconteceu. O juiz responsável pelos
internos da Unidade de Bela Vista, localizada na zona norte da capital
paulista, liberou quatro jovens para participarem da “Reunião do
Encontro com Deus”, na Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do
Brás, sob os cuidados de funcionários e do diretor da Unidade, Marcelo
José Pogolom.
Durante
a reunião, os internos acompanharam com atenção os ensinamentos dados
pelo responsável evangelístico da região, bispo Guaracy Santos, que
enfatizou a importância de abandonar os maus costumes e começar uma vida
longe do pecado. Tocados pelas mensagens de fé e pelas orações, os
jovens decidiram se entregar a Deus por meio do batismo nas águas.
Um
dos internos, J.M., de 16 anos, que já havia se batizado em outra
ocasião, fez questão de relatar a mudança que aconteceu dentro dele,
após o batismo nas águas: “Agora que estou batizado no nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, estou aliviado. Eu sinto que toda a maldade
que havia dentro de mim saiu dando lugar a uma certeza de que Deus está
comigo.”
Após
a cerimônia, os adolescentes tomaram café da manhã e receberam mais
orações do Coordenador Estadual de Evangelização na Fundação Casa,
pastor Geraldo Vilhena. Para ele, poder acompanhar a transformação de
vida de cada interno, é algo gratificante. “Procuramos levar aos
internos o conforto espiritual, e por causa disso, muitos têm aceitado
com interesse a Palavra de Deus e mudado de vida. Temos constatado o
resultado do nosso trabalho quando estes decidem se batizar e, aqui
fora, nos procuram, querendo dar continuidade ao que aprenderam enquanto
reclusos", relata
Para
finalizar a visita, os adolescentes foram levados pelo pastor Geraldo
até ao local das futuras instalações do Templo de Salomão (foto acima), onde puderam ter a dimensão do novo templo que está por vir.
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